Thursday, September 16, 2010

Brasil cria posto avançado de defesa na Ilha da Trindade

Marinha constrói estação científica a 1.167 km da costa do Brasil, para proteger riquezas naturais.


A Marinha do Brasil conquistou um forte aliado tecnológico dentro da Estratégia Nacional de Defesa (END). Com a construção, neste ano, da Estação Científica da Ilha da Trindade (ECIT), a Armada estabelece um novo rumo às atividades científicas na ilha. Por sua localização, próxima às principais bacias petrolíferas e à região de maior desenvolvimento econômico do país, Trindade é um posto avançado vital para a defesa nacional.

A nova Estação Científica faz parte do Programa de Pesquisas Científicas da Ilha da Trindade (Protrindade), criado no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), com o objetivo de promover e gerenciar o desenvolvimento de pesquisas na área.

De acordo com a Marinha, o Protrindade atende as diretrizes da Política Nacional para os Recursos do Mar, de Defesa Nacional e Nacional de Meio Ambiente. Localizada a 1.167 quilômetros de Vitória (ES) e a 1.416 quilômetros do Rio de Janeiro, Trindade, além de ser estratégica para a defesa nacional, vai propiciar a obtenção de dados essenciais para a previsão meteorológica.

A Armada conta hoje com 30 militares na ilha, operando uma estação meteorológica para o serviço de previsão do tempo da Marinha. É a única ilha oceânica brasileira com água potável. A estação conta com geração de energia, refeitório, frigorífico, telefone, televisão e acesso à Internet.

A cada dois meses são realizadas viagens de reabastecimento, ocasião em que os militares selecionados embarcam para servir durante quatro meses. De acordo com o capitão-de-mar-e-guerra José Marques Gomes Barbosa, do Comando do 1º Distrito Naval (RJ), a seleção do pessoal leva em conta a capacitação específica e a vocação para a situação peculiar de se ficar longo tempo afastado da família.
 
Para a construção da estação foram superados diversos desafios, entre eles a dificuldade de acesso à ilha. Não há praias que facilitem o desembarque por superfície, em função da existência de um anel de corais. É necessário cuidado também com a arrebentação e com a mudança repentina do tempo.
 
Conforme levantamento feito pelo capitão-tenente Felipe Picco Paes Leme, 100 toneladas de material foram embarcadas no navio “Mattoso Maia”, em Vitória com destino à ilha. Após quatro dias de viagem, foram necessários 126 deslocamentos de helicóptero entre o navio e a terra, com duração de mais quatro dias. A concepção do projeto da Estação Científica foi feita por uma equipe da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com larga experiência em construções em lugares inóspitos.
 
Assessor da Secretaria da CIRM, o capitão-de-mar-e-guerra Camilo de Lellis de Souza explica que o projeto buscou soluções arquitetônicas para minimizar os impactos ambientai, como ventilação natural e sistema energia solar. O PVC foi usado como material para a construção, por ser mais eficiente para obras em locais de difícil acesso.
 
A ilha possui uma extensão de 8,2 quilômetros quadrados e é fortemente acidentada, com elevações de até 600 metros. Surgiu há três milhões de anos. Devido a sua origem vulcânica, a presença de lavas, cinzas e areias vulcânicas pode ser constatada, mas a última erupção ocorreu há 50 mil anos.Desde 1700, a ilha foi intermitentemente usada como ponto de apoio marítimo por traficantes escravagistas e piratas ingleses.
  
Em 1916, foi ocupada pela primeira vez por brasileiros, em função da Primeira Guerra Mundial. Ao término da guerra, foi desguarnecida. Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, foi novamente guarnecida para impedir que submarinos alemães a utilizassem como base de apoio e para garantir a sua posse efetiva pelo Brasil.

Exército terá sistema de segurança tecnológica

O CEO (diretor executivo) da empresa Panda Security e um dos mais influentes executivos da indústria europeia de Tecnologia da Informação, Juan Santana, vai formalizar hoje, em São Paulo, um acordo de cooperação tecnológica com o Exército Brasileiro, mantendo negociações com o Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (Ccomgex), órgão subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT).
  
Na cooperação com o Exército, a empresa vai colocar a serviço da Arma as equipes do PandaLabs, uma sofisticada estrutura de vigilância e análise de ameaças virtuais, com base em Madri (Espanha), que também vai fornecer arsenal de software de combate a ameaças da rede em prazos compatíveis com as exigências estratégicas da organização militar.
 
Com atuação em mais de 200 países e especializada em soluções de proteção contra crimes cibernéticos, a Panda é uma das fundadoras do Conselho Nacional Consultivo de CyberSegurança da Espanha, onde fica sua sede. “A cooperação internacional com órgãos de defesa e segurança dos governos tem sido uma das marcas da Panda Security e um dos alicerces para o avanço de nossas tecnologias de combate ao crime cibernético”, assinala Santana.
  
Ainda segundo o CEO, a Panda Security Brasil vem se posicionando entre as subsidiárias de maior crescimento da empresa fora do mercado europeu. A meta é expandir os canais de marketing e ampliar o suporte estratégico às revendas.
Juan Santana tem um histórico extenso no mundo dos negócios e finanças. Antes de ingressar na Panda, foi gerente executivo de Telecomunicações e Equipamentos de Informática no Lehman Brothers, com sede em Londres, no período 1999-2003; e em Madri, de 2003 a 2006. Antes disso, foi executivo da inglesa Robertson Stephens e do banco espanhol Vasconia.


Fonte: Jornal Hoje em Dia (16/09/2010)
link: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/noticias/brasil/brasil-cria-posto-avancado-de-defesa-na-ilha-da-trindade-1.172969

Abs.

Alexandre

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